Pequenas e médias farmácias crescem durante a crise com associativismo

Em meio à crise gerada pela pandemia do COVID-19 um ponto de destaque no varejo continua sendo as redes de farmácias associativistas que seguem crescendo de forma diferenciada do mercado.

Em um primeiro momento, a união de empresas de um mesmo ramo de atuação pode não parecer lógica, já que, estas devem ser da competência. Mas, o modelo de associativismo que vem sendo desenvolvido pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) está mostrando uma outra realidade, em que a união, faz com que se tornem mais competitivas e crescer em conjunto.

A prova do sucesso do modelo é facilmente detectada basta olhar para os números relacionados com o mercado farmacêutico. Em um rápido comparativo, as redes associativistas ligadas à Febrafar apresentaram juntas, nos últimos 12 meses, um crescimento no faturamento de 18,3%%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, crescimento muito maior que qualquer outro setor desse mercado.

Em uma análise de 2016 até 2020 o mercado farmacêutico no geral cresceu 36,5%, já a Febrafar cresceu 77,9%, ou seja, mais do que o dobro. Atualmente, fazem parte da Febrafar 58 redes que representam 10.204 lojas, distribuídas em 2.832 municípios em praticamente todo o País. O faturamento dessas lojas anual é atualmente de R﹩ 14,6 bilhões.

O que é o associativismo e como possibilita tantos benefícios?

O associativismo é uma metodologia aplicável em empresas de qualquer segmento econômico, já que utilizam a mesma matéria-prima, vendem os mesmos produtos ou prestam o mesmo tipo de serviço.

Para isso, é necessário um conjunto mínimo de empresas que, após os estudos de viabilidade econômica, possa suportar os custos de implantação e manutenção de uma central de negócios, marketing e serviços, apresenta-se, assim, como uma solução inovadora para resolver os problemas das pequenas e médias empresas.

“De maneira geral, empresas sozinhas não podem fazer frente à concorrência das grandes corporações. Por isso, o voluntariado surge para fortalecer os pequenos e médios negócios, tornando-os mais competitivos, a fim de elevar o padrão de qualidade de seus produtos e serviços, reduzindo custos e possibilitando seu acesso a novos mercados consumidores”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

O dito popular “a união faz a força” se encaixa perfeitamente na definição do que é a cooperação – colaboração entre empresas com interesses em comum, com o fim de obter vantagens econômicas e de administração, por meio da ajuda mútua.

Juntos, os parceiros que integram o modelo de associações trabalham para reduzir os custos operacionais, obter melhores condições de prazo e preço, estratégias de vendas e estimular o desenvolvimento técnico e profissional dos empregados e empregadores.

Pontos relacionados com o associativismo

Parcerias: as parcerias com os fornecedores são essenciais para a implementação de ações promocionais nos estabelecimentos. Mas fortalecê-las é fundamental para o desenvolvimento do modelo de associativismo.

Conceito da loja: as recomendações da rede de associações em relação ao design dos estabelecimentos têm proporcionado uma melhora significativa no conceito de loja” dos empresários, desde a fachada, o design interno e externo, passando pela uniformização e a aparência dos funcionários, até a informatização e modernização de processos.

Competitividade: ao comprar bem e barato, ampliar e diversificar o mix de produtos, a compreensão das reais necessidades dos clientes, superar suas expectativas, capacitar-se gerencialmente, viabilizar treinamento para a equipe de funcionários e organizar melhor o estabelecimento como um todo, as lojas que trabalham com o voluntariado se tornam mais competitivas e ganhar visibilidade no mercado.

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