Novo índice mostra inflação de 2,20% para famílias de baixa renda

A inflação para as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 2,5 salários mínimos (R$ 415,00 e R$ 1.037,50) ficou em 2,20% no primeiro trimestre de 2008. O avanço foi o maior registrado para este período desde janeiro de 2004, data considerada o início da série.

Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), o novo indicador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas apresentado hoje (15). O índice, que mede a evolução dos preços para os consumidores de menor renda familiar, será divulgado trimestralmente.

De acordo com o levantamento, a maior pressão para o resultado foi exercida pelo grupo alimentação, cujos preços avançaram 4,25% no mesmo período. Houve alta nos preços do feijão carioquinha (14,57%), tomate (59,21%), banana prata (26,75%), pão francês (4,08%), leite tipo longa-vida (3,64%) e ovo de galinha (14,73%).

Também houve elevação nos preços de transportes (1,63%), com destaque para a tarifa de ônibus urbano (1,62%) e habitação (0,75%), principalmente aluguel residencial (1,48%).

Em contrapartida, o levantamento registrou queda de 1,37% em vestuário, a única classe de despesas a apresentar taxa negativa. A principal influência para esse resultado foi o item roupas (-2,20%).

No período de 12 meses encerrados em março de 2008, a variação do IPC-C1 foi de 5,99%. O índice voltado para a população de mais baixa renda foi 32,50% maior do que o IPC-BR, calculado para a faixa com redimento mensal de 1 a 33 salários mínimos, que variou 4,52% no mesmo período. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, a alta do IPC-C1 superou a do IPC-BR (1,43%) em 53,80%.

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