Grupo de investidoras de olho nas startups comandadas por mulheres

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A rede de mulheres investidoras conecta donas de capital a empreendedoras por meio de conhecimento e troca de informações

Sororidade quer dizer “relação de irmandade e união entre mulheres”. Este é o conceito por trás do Sororitê, grupo de anjo investidoras que surgiu, no início de 2021, para estimular a troca de informações e o aprendizado entre mulheres dispostas a investir em startups fundadas e/ou administradas por empreendedoras do sexo feminino.

Idealizado pelas investidoras Flávia Mello e Erica Fridman Stul, o Sororitê promove encontros com mulheres interessadas em trocar experiências sobre o ecossistema e participar de mentorias, além de analisar propostas de startups lideradas por outras mulheres para que as decisões de investimento sejam feitas com mais segurança.

“Somos, antes de mais nada, uma plataforma de educação sobre investimentos em empresas em estágio inicial de implementação, em um ambiente seguro, onde as fundadoras apresentam seus negócios e as investidoras trocam experiências e aprendem sobre a modalidade anjo”, descreve Flávia Mello, cofundadora do Sororitê.

A iniciativa surgiu como uma forma de equilibrar a equidade de gênero do lado do investidor dentro do ecossistema de startups em estágio inicial, além de fortalecer o empreendedorismo feminino disponibilizando capital, networking e experiência. Podem fazer parte da comunidade tanto quem nunca investiu em uma startup em estágio inicial quanto investidoras com experiência neste segmento.

Segundo Flávia, investir em negócios criados por mulheres gera retorno muito mais expressivo do que os fundados por empreendedores do sexo masculino “Um estudo do Boston Consulting Group mostra que a média de retorno dos projetos alavancados por empreendedoras é três vezes maior do que os desenvolvidos por homens”, ressalta. “Mesmo assim, as empresas formadas por mulheres recebem menos da metade em aporte financeiro do que as organizações formadas por homens! Daí a urgência e a importância de conectar mulheres com dinheiro a mulheres empreendedoras”.

Em um ano, o Sororité já investiu R$ 1,5 milhão em cinco startups lideradas por mulheres e conseguiu reunir mais de 50 anjo investidoras. Para estar apta a obter os recursos disponibilizados pela comunidade é necessário que a startup tenha, pelo menos, metade de mulheres entre seus fundadores e/ou uma CEO do sexo feminino e esteja focada no desenvolvimento do mercado latino-americano. Outro critério é que a empresa já esteja rodando com algum faturamento e uma base de clientes. As captações promovidas pelas investidoras anjo participantes do Sororité variam de R$ 500 mil a R$ 3 milhões, para rodadas pré-seed ou seed.

No Brasil, um levantamento realizado pela Anjos Brasil, rede de investidores e organização sem fins lucrativos, revela que o percentual de investidoras anjo representa, hoje, apenas 13% do total. “Queremos que mais mulheres se sintam convidadas a fazer parte desse mundo do investimento anjo e, também, mais empreendedoras encontrem outras mulheres querendo apoiar o ecossistema de empreendedorismo feminino”, diz Erica Stul.

 

Sororitê – Fundado pelas anjo investidoras Erica Fridman e Flávia Mello, o Sororitê é uma rede que oferece espaço de troca e aprendizados para que as decisões de investimento sejam feitas com mais segurança. O grupo tem o comprometimento de avaliar e investir apenas empresas em estágio inicial (pre-seed) fundadas por mulheres.

 

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