Dia das Crianças aquece o mercado de vagas provisórias e deve registrar o melhor desempenho esse ano, com crescimento de 3,4%
As datas comemorativas estão sendo grandes apostas no comércio esse ano, principalmente devido o caminhar da vacinação no país, o que deve garantir a rápida volta à rotina. Segundo a Allis Temporários, para atender as demandas de vendas foram contratados, no primeiro semestre deste ano, cerca de 3 mil trabalhadores temporários, sendo que 1/3 foi efetivado. A empresa, referência em contratação de mãos de obra para o varejo, prevê mais de 4,5 mil contratações para o segundo semestre do ano, incluindo as posições para atuação no período do Dia das Crianças.
O aumento das contratações se deve principalmente pela maior expectativa de vendas proporcionada pelo momento atual e o retorno da compra física. “Foi uma demanda muito ocasionada pelo otimismo do mercado com a vacinação, além das empresas que tiveram crescimento e estão fazendo investimentos adicionais no mercado, nos segmentos de logística, devido à alta demanda pelas compras digitais e a própria sazonalidade”, comenta André Romero, diretor da Allis.
O volume de vendas do comércio varejista no Dia das Crianças deverá registrar crescimento de 3,4% neste ano, o melhor desempenho desde 2013. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é que as vendas durante o período movimentem R$ 7,4 bilhões.
Os setores que terão melhor desempenho nas vendas voltadas para o feriado e, consequentemente, mais contratações temporárias, são os de vestuário e calçados, com crescimento esperado de 10,2%, seguido pelo de brinquedos e eletroeletrônicos, que deverá expandir 5,7%.
“É uma possibilidade importante para quem estava fora do mercado de trabalho e precisava de uma fonte de renda e, do lado da empresa, para a geração de mão de obra qualificada”, comenta o diretor da Allis, uma das empresas que mais selecionam e recrutam temporários no país – já viabilizou a contratação de mais de 100.000 profissionais desde 2008.
A indústria corresponde a 65% das vagas temporários no Brasil, porém outros segmentos, como tecnologia, finanças, saúde, recursos humanos, vendas e marketing, também vêm apostando nesse modelo de contratação. A projeção do setor até o final de 2021 é que haja a contratação de 1,9 milhão de temporários, uma alta de 28% referente a 2019.