Invasões tecnológicas no e-commerce 2012

10|02|2012

O e-commerce tem crescido cada vez mais no Brasil e no mundo. Em 2011, o país representou cerca de 60% do comércio eletrônico de toda a América Latina, e neste ano a estimativa de crescimento do setor é de 25%. Tudo isso impulsionado pelo desenvolvimento rápido da tecnologia, que não se abalou com a crise econômica mundial.

Somos, hoje, 32 milhões de e-commerces brasileiros navegando pelos sites de compras, 9 milhões de novos consumidores online somente no ano passado. A grande novidade de 2012 dentro do e-commerce, que já deu as caras no final de 2011, é o e-marketplace. A Rakuten, uma das maiores empresas de e-commerce em receita, atraiu mais de mil novos vendedores e aumentou seu valor de mercado para US$ 13 bilhões.

O turbilhão de invasões tecnológicas permitiu que o e-marketplace crescesse de forma significativa, o que traduz o aumento de modelos internacionais que poderão fornecer aos vendedores de todas as partes do mundo a oportunidade de ampliar suas vendas internacionalmente, com poucos gastos. Em outras palavras, paradigmas estão sendo quebrados, fronteiras já não existem mais e as culturas misturam-se formando uma única tendência de mercado. Estarão disponíveis os mesmos produtos em vários lugares do mundo, sem ter que sair de casa.

E muitas vezes, se o consumidor não está em frente ao computador, ele ainda tem à sua disposição Tablets e Smartphones que transformarão a relação vendedor-comprador. É uma simples questão de um toque na tela. TVs e celulares, em geral, realizam compras a um passo, com aplicativos e programas que farão pesquisas de preço para o e-consumidor, exibindo as funcionalidades ou vantagens do produto, com a opinião de outros que já o adquiriram. Engana-se que isto será coisa de grandes marcas e empresas, pois o custo para sua infraestrutura é baixo.

O Gatner avalia que, até 2013, os dispositivos móveis ultrapassarão o número de PC’s em uso, alcançado os admiráveis 1,8 bilhões de aparelhos. Além disso, as redes sociais se mostrarão ainda mais presentes no e-commerce. Pequenas, médias e grandes empresas já notaram que nos dias atuais é impossível não estar presente no Facebook e Twitter, onde consumidores levam em consideração a opinião de outros consumidores, ficando atentos aos tweets de reclamações, ou aos posts no mural sobre insatisfações com o produto.

Os varejistas estão cada vez mais conscientes do poder dos “fãs” nestas redes. Já que a Hitwise divulgou que um fã no Facebook significa 20 visitas adicionais no site no período de um ano. Se o vendedor tem o movimento adotado em 2011 para promover a marca nas redes sociais, é bom que se aplique ao conhecimento dele que, em 2012, a chave para o sucesso nos negócios está no desenvolvimento de produtos e serviços ao cliente feitos através delas. É importante que o e-consumidor veja a resposta de suas dúvidas no perfil da rede, e sinta a segurança da fidelidade da marca presente constantemente. Uma empresa – o seu negócio – que não o deixe ‘boiando’ na internet e que se manifeste não somente em ocasiões positivas, mas também negativas.

É o seu nome comercial jogado no mar da tecnologia. Tecnologia esta que propicia ao e-commerce uma nova fase daqui em diante, uma fase recheada de inovações e bombardeada de informações, em que o comprador lê o comprador e avalia a posição do seu negócio virtual.

Arnaldo Korn é administrador de empresas e diretor presidente do portal Pagamento Já (pagamentoja.com.br).

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